O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou, no último mês, um conjunto de ajustes nas normas de concessão de vistos de turismo (B-2) que pode mexer com quem está planejando férias na Disney. A medida, oficialmente chamada de "Revisão de Segurança de Vistos de Curto Prazo", tem como objetivo apertar o controle de entrada de visitantes de países considerados de risco mais elevado, mas acaba prendendo turistas de origem diversa.
O que mudou nas exigências de visto
A nova política impõe duas mudanças principais. Primeiro, a taxa de aprovação de vistos B-2 para cidadãos de países da América Latina e partes da Ásia caiu de cerca de 85% para 70%, segundo dados preliminares divulgados pelos consulados. Segundo, o tempo de entrevista obrigatória foi ampliado: agora, todos os solicitantes que não tenham um histórico de viagem para os EUA nos últimos cinco anos precisam passar por entrevista presencial, mesmo que já tenham um passaporte brasileiro válido há mais de dez anos.
Além disso, foram incluídas novas listas de documentos suplementares – comprovantes de vínculo empregatício, extratos bancários dos últimos seis meses e comprovantes de reservas de hotel ou ingresso para parques temáticos, como a Disney. Não é mais suficiente apresentar apenas a prova de renda; é preciso demonstrar, de forma detalhada, que a viagem tem caráter exclusivamente turístico e que o retorno ao país de origem está garantido.

Impacto direto no planejamento de férias na Disney
Para quem já comprou pacotes de viagem com agências especializadas ou reservou ingressos com antecedência, a nova regra traz um elemento de incerteza. Muitos pacotes incluem o serviço de assistência na obtenção do visto, mas agora as agências precisam rever seus prazos de entrega. Um cliente que pretendia embarcar em outubro pode ver o pedido de visto ser atrasado em até 30 dias, o que costuma coincidir com a alta temporada da Disney.
Famílias que programam a viagem para o período de férias escolares, por exemplo, podem se ver obrigadas a remarcar as datas ou a escolher destinos alternativos dentro do próprio Brasil. O risco de perder reservas de hotel ou ingressos não reembolsáveis também aumentou, já que a maioria das operadoras exige a apresentação do visto aprovado antes de liberar o acesso ao parque.
Especialistas em turismo recomendam que viajantes iniciem o processo de solicitação de visto o quanto antes, preferencialmente seis meses antes da data de partida. "Quanto mais cedo você enviar a documentação e agendar a entrevista, menores são as chances de surpresas de última hora", afirma Carla Souza, consultora de viagens da agência Mundo Mágico.
Outra estratégia sugerida é a compra de seguros de viagem que cobrem cancelamento por motivos de visto negado. Embora não garanta o reembolso total da passagem aérea, essa medida pode minimizar o prejuízo financeiro caso a solicitação seja recusada.
Para quem ainda não tem o passaporte, a situação é ainda mais delicada. O processo de emissão do documento brasileiro pode levar de duas a quatro semanas, e a nova exigência de entrevista acrescenta mais tempo ao procedimento. Assim, o ideal é iniciar ambos os processos simultaneamente.
Se a viagem à Disney for um sonho que parece distante agora, há opções dentro do próprio Brasil que oferecem experiências semelhantes. Parques como o Beto Carrero e o Hopi Hari investem cada vez mais em atrações de alta tecnologia, e podem ser uma alternativa viável enquanto as regras de visto permanecem incertas.
Em resumo, as Disney visa requirements now demand extra paperwork and earlier planning. Travelers who stay proactive, keep all receipts, and monitor the consular website for updates will have the best chance of keeping their Disney vacation on track.